terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Capitulo 6

 Eu me sentia tão mal, ver aquela garota denovo depois de tanto tempo me abalou. Ela saiu correndo depois de ter falado aquelas coisas para min. Eu ate poderia merecer aquelas palavras, mas ele não. Desde que começamos a namorar ela havia sumido do mundo, diziam que ela havia se desesperado, mas porque ninguém sabia. Às vezes Steve e eu estávamos sozinhos e eu percebia seu olhar em meio à multidão, como se fossemos causadores de alguma coisa que havia acontecido a ela.
 Steve me segurava forte, como se fosse me proteger da lembrança daquele horrível momento. Eu sabia que ele só queria me proteger, mas no momento eu queria pensar um pouco, e para isso precisava ficar sozinha. Ela parecia me odiar tanto que queria ate minha morte. Mas porque todo esse ódio a nos, e principalmente porque a ele?
 -Amor, amor me escuta. Vamos embora, vamos para sua casa.
 -Sim, vamos.
 Eu queria tanto ir para casa. Queria tomar um banho, descansar e dormir, mas parecia que aquele momento ficaria em minha mente por algumas horas.
 Nos paramos na praça de alimentação, onde ele me comprou um chocolate quente. Eu não sentia frio, mas foi bom. O chocolate me distrairia por enquanto. Depois nos saímos do parque e ele chamou um taxi. Enquanto esperávamos ele não parava de me rondar, como se eu fosse desmaiar a qualquer hora.
 -Steve, pode, por favor, para de me rondar. Eu não vou desmaiar bem aqui.
 -Eu sei, mas é que você parece estar bem abalada.
 -Claro que estou alguém disse que faria de tudo para me ver morta e você quer que eu fique bem?
 Comecei a chorar denovo. Droga, eu só iria parecer pior. Então falei:
 -Olha, eu estou bem, mas me deixe pensar um pouco. Vamos para a minha casa, esta bem.
 -Claro, e me desculpe. Só quero que você fique bem.
 Ele me olhava com um olhar estranho, mas pelo menos parou de me rondar.
 O taxi demorou mais quinze minutos. Embarcamos e no trajeto, eu adormeci no seu ombro silenciosamente por alguns minutos. Quando chegamos, ele me perguntou se eu ficaria bem dali para frente, disse que sim com um muxoxo baixo. Entrei em casa e fui direto ao banheiro, me olhei no espelho e vomitei. Me senti estranha por isso, mas percebi que foi porque eu havia tomado chocolate quente, o qual poderia não me fazer bem.
 Tomei um banho e fui para meu quarto. Minha mãe perguntou se estava tudo bem, disse que sim e continuei andando. Minha irmã não estava em casa, o que não era de se estranhar porque passava mais tempo com o namorado dela do que eu com o meu. Entrei no meu quarto e fui direto fechar a janela. Deixei um pouco aberta porque eu precisava de ar puro para não vomitar novamente. Peguei meu diário e escrevi: "Diário, tive um dia bom ate as 19:00, quando me encontrei com uma velha amiga". Depois disso não tive mais vontade de escrever, então fui me deitar.
 Sonhei que tudo se repetia igualmente como no parque, só que no fim Lilith pegava uma arma de seu bolso e matava Steve, dizendo: “É isso que vai te acontecer se você não obedecer ele. Obedeça-o e tudo ira bem".
 Acordei assustada no meio da madrugada, percebi que havia movimento do lado de fora da casa. Fui ate a janela e não vi nada. Voltei para minha cama, mas não dormi. Ouvi novamente movimentos do lado de fora e quando me levantei novamente, vi que alguém estava entrando pela janela do meu quarto, e não era Steve.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Capitulo 5

 Eu estava em chamas de fúria. Aqueles dois me perseguiam, falei algumas verdades na cara dela. Ela merecia aquilo e ele também, mais ainda por ter se feito de zonzo. Sai do parque e nem peguei meu sedan preto, não queria causar um acidente que matasse pessoas que não mereciam, mas sim pessoas que mereciam. Fui a pé mesmo ate a festa que tinha no centro. Não haveria como eles irem la, em baixo de um bar de bêbados encrenqueiros. Só haveria punks e metaleiros la, o grupo que eu mais me encaixava por enquanto, ate eu restabelecer meu respeito. Fui ao centro mal parando nos sinais, empurrando quem estivesse na frente. Não descansei ate chegar la. Cheguei e para entrar mais rápido furei a fila. Entrei e fui direto ao bar pegar uma bebida.
 Fui a primeira mesa que vi, me sentei, alguns caras vieram me cantar, mas dei um fora o mais rude o possível.
 Cansada de beber sozinha fui a te a multidão que pulava e gritava ao som do heavy metal. Eu só podia estar muito bêbada para ver o que vi, ou muito louca por imaginar isso.
 Meu ex-namorado estava sentado na mesma mesa que eu estava há alguns minutos. Ele me olhava, ou eu imaginava que o fazia. Estava com uma roupa totalmente diferente das que usava em via.
 Meu amor já não vivia mais por causa de Sophie. Alguém passou na frente e eu chinguei muito por isso, quando voltei meu olhar já não havia ninguém la. Eles conseguiram ate mesmo trazer lembranças de uma época feliz somente para me atormentar.
 Porque eles queriam tanto destruir minha vida? Eu já não tinha mais nada a oferecer sem ser meus pensamentos. Meus pensamentos em meu diário. Meu diário. MEU DIARIO!!!!
 Sai correndo e fui direto ao parque pegar meu carro. Eu tinha quase certeza de que havia sido eles quem pegaram. Cheguei no carro e entrei. Fiquei sentada pensando no quanto eu a odiava.
 Acordei com um pulo que dei na minha cama. Me assustei por estar ali. Me sentia como se tivesse sido prensada em uma parede. Não devia estar ali, mas sim em meu sedan preto.
 Me levantei e vi que eu havia sido atirada em minha cama. Alguém me carregara ate ali. Mas como havia entrado se somente eu e minha família sabíamos onde estava a chave. Fui olhar a porta de entrada. Normal. Nenhuma porta parecia ter sido arrombada. Não tinha como ser alguém da minha família, pois ninguém sabia onde eu estava.  Fui ver as horas, 15:00 da tarde. Era sábado, por isso não me importei tanto. Não havia ninguém em casa, não me importei também, estar sozinha era melhor. Fui para o meu quarto, tentando lembrar o que aconteceu para escrever em meu diário.
 Lembrei de tudo em questão de um segundo. Comecei a revirar a casa antes de sair adoida por ai acusando alguém. Não achei em lugar nenhum.
 Decidi ir ate a casa de Sophie, iria acusá-la ali mesmo, na frente de sua família sobre o que havia feito comigo e sobre o meu diário. Eles provavelmente iriam me colocar como louca na frente da escola toda depois de lerem ele para todos
 Fui a pe mesmo, louca de vontade de chutar e bater ele. Quando cheguei la, uma casa de dois andares com um quintal com arvores, vi que havia algum alvoroço la dentro. Pude ver Steve pela janela, ele estava na sala sentado no sofá e quando parei no portão, ele me viu, se levantou e todos vieram ate min, Steve fazendo a frente de pelo menos sete pessoas.
 - Onde? Onde você a deixou? Cadê a Sophie?